Meme: De nova estação e casa velha, a antiga MTV Brasil pode estar perto de restauração

 


Já que tinha anunciado em julho de 2020, uma parte significativa na televisão brasileira mudou de endereço que anteriormente foi transmitida em sinal aberto que os milhares das frequências que compõem a velha MTV Brasil saíram do antigo edifício da estação do Edifício TV, no bairro do Sumaré, e foram para o edifício do Grupo Abril em São Paulo, Brasil.

São cerca de 40 mil fitas que abrangem todo o conteúdo original produzido pela estação desde a sua primeira emissão, a 20 de outubro de 1990, até ao dia 30 de setembro de 2013. A antiga gestora da estação musical, Cuca, que apresentou o primeiro videoclipe da MTV Brasil, voltou à estação para apresentar o derradeiro vídeo antes de terminar a emissão, Maracatu Atómico.

O material físico pertence ao Grupo Abril, que trouxe a marca MTV para o Brasil e foi detentor da divisão brasileira até ao seu encerramento. Quanto à marca que devolveu à antiga empresa Viacom, grupo que passou a operar a MTV no Brasil como canal de televisão por subscrição desde 1 de outubro de 2013, logo após o afastamento do Grupo Abril. Em 2015 a decisão confirmou-se e a MTV no Brasil foi aplicada na América Latina.

A justificação, na altura, foi uma reestruturação, a primeira de muitas após a morte do presidente do Grupo Abril, Civita, em maio de 2013. Os filhos que herdaram o conglomerado, fizeram sucessivas alterações para emagrecer a operação ao longo dos anos, que incluíram a extinção das marcas Multimédia, a devolução da marca á ViacomCBS e o fim da MTV Brasil em 2013. Em 2018 o Grupo Abril entrou em recuperação judicial dos serviços das revistas e site online. No ano seguinte, a empresa foi vendida como a nova sede e empresário.

Renovação em Interesse

A nova administração do Grupo Abril não sabe dizer porque é que o acervo permaneceu tanto tempo no antigo edifício de televisão brasileira. Afirma que, assim que assumiu o cargo desde 2028, começou a dar atenção à questão. Ainda não houve tempo útil para a verificação detalhada de cada peça. De acordo com as informações que temos, o armazenamento no antigo edifício da MTV Brasil era realizado com a devida cautela e não esperamos problemas. Mas o acervo é volumoso e acabámos de o receber. Estamos numa fase inicial de estudos e análises do material.

Segundo António Carvalho, existem inúmeras manifestações de interesse de outras pessoas e empresas de telecomunicações de revistas, tanto para aquisição como para parcerias de utilização. A própria marca Abril, ele afirma, tem grande interesse. Estamos entusiasmados com a possibilidade de trabalhar esse patrimônio da cultura audiovisual brasileira. Há um material interessantíssimo, disse do CEO do Grupo Abril. Ele ressalta, no entanto, que não há nenhum acordo firmado até o momento.

A ViacomCBS, que transmite os canais Nickelodeon, Nick Jr. e MTV em Portugal também diz estar interessada ou pelo menos, em parte dele. Há alguns programas que nos interessam, afirma Tiago, director de Entretenimento da ViacomCBS Americas, sem especificar quais. O material é bastante rico e abundante, e faz parte da história da televisão brasileira em uso antigo. Estamos neste momento a verificar os direitos de imagem e a verificar o que nos pode interessar.

Para além da aquisição e dos direitos de exibição, há também a questão da digitalização do material, que está inteiro em fitas analógicas no canal da UHF. O Grupo Abril diz não ter conhecimento de iniciativas sobre esta digitalização, enquanto a ViacomCBS Americas conta que o assunto foi falado algumas vezes, mas nada se concretizou.

A venda da concessão do canal aberto do Spring e Kalunga

Ao longo dos nossos últimos 7 anos, as cerca de 40 mil cassetes da antiga MTV Brasil estiveram guardadas num espaço de 100 mil frequências das cassetes. A morada é um grande marco na história da TV brasileira. Inaugurado em 1960, ele foi construído o primeiro edifício TV para ser a sede da Rede Tupi, estação dos Diários Associados encerrado em 1980.

O Grupo Abril não perdeu a concessão da TV aberta. Após o encerramento da MTV Brasil, o canal que já era pertencente ao Abril Radiodifusão, deu lugar ao canal Ideal TV, uma estação de conteúdos dirigida a empreendedores, que operou originalmente entre 2007 e 2009 na TV por subscrição. Meses depois, em dezembro de 2013, o Grupo Abril passou a comercializar horários de transmissão 24 horas, incluindo igrejas.e transmissão regilosa de agronegócio, e finalmente vendeu a área das frequências do canal 31 HD e 32 SD para o grupo comunicação da Spring, que detém as revistas e canais de TV.

A Spring, que também comprou o edifício no negócio, manteve a estação Ideal TV desde 2015 para a União e desde 2016 como autorização, funcionando com o mesmo nome e o mesmo modelo, arrendando horários para conteúdos de terceiros, principalmente a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) que ganhou o acordo como a contratação em julho de 2014 e no mesmo mês a estação deixou de exibir o AgroBrasil TV e passou a exibir a programação regilosa desde 2014. 

Em abril de 2015, no entanto, o MPF denunciou o Grupo Abril e a Spring por venda ilegal de funcionalidade pública, alegando também desvio de funcionalidade uma vez que a proposta da MTV era bem diferente da da Ideal TV através no Brasil. No mesmo mês de dezembro de 2015, a Ideal TV iniciou a transferência das concessões para a Spring. Em outubro de 2016, o imbróglio foi resolvido e a venda da área de radiodifusão pela Spring foi autorizada pela decisão do Ministério de Ciência do Brasil, que o Grupo Abril deixou a área após 27 anos.

Quem tratou do acervo durante todo este tempo foi o Valter Pascotto, que trabalhou na TV Abril (MTV Brasil) desde 1989, até ao fim em 2013. O acervo permaneceu no edifício da Sumaré por conveniência, e Pascotto, embora não fosse remunerado para tal, ficou como guardião do material. Pascotto mantém-se a trabalhar no edifício do Sumaré após a venda, agora operada do Grupo Kalunga. A estação que não é alugada e que inclui material da EBC e do Telecurso 2000, programa da Globo deixou em novembro de 2014 e deu lugar à Hora 1.

A antiga MTV Brasil é tão cobiçada que até já tem um abaixo-assinado dos fãs a pedir a sua disponibilização. Com a transferência das fitas para o edifício do Grupo Abril e a sinalização explícita de interesse por parte dos donos do material, pode ser que os programas e videoclipes que fizeram parte da juventude de tantos brasileiros sejam finalmente resgatados.

Como diz o leitor de notícia da OperadoresTec, Diogo Maria disse que os canais de televisão enquanto guardava as fitas da antiga MTV Brasil, em Portugal como talvez que seja aos nossos operadores de televisão que prestava a RTP, SIC e TVI, três canais gernalistas desde 1993 que os clientes foram mais visto na audiência de 44,55% de share. A decisão da crise que estava numa sessão da APDC em 2017, quando a operadora de telecomunicações reagiriam oficialmente a venda funcional da empresa da Altice é uma maior para os 3 canais de televisão pertences ao grupo.

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