Grupo Abril interpõe pedido de recuperação judicial
O Grupo Abril, apresentou hoje, dia 15 de agosto de 2018, um pedido do processo de recuperação judicial. O movimento surge uma semana depois de ter sido realizada uma forte reestruturação dos seus ativos, com o encerramento de revistas e um emagrecimento de colaboradores que deverá atingir um total de 800 vagas. A empresa de media brasileiro tem uma dívida total de aproximadamente 1,6 mil milhões de euros (dólares no Brasil). Há cerca de três semanas, a consultora americana Alvarez & Marsal assumiu o comando do dia-a-dia da empresa.
Os títulos dos propriedades do Grupo Abril continuam a manter as marcas de revistas do Brasil como Veja, Exame, 4 rodas, Cláudia, Saúde, Super Interessante, "Viagem" e Turismo, Você, Capricho, M de Mulher, Vip e Placar. Recordando que o Grupo Abril há 5 anos depois em 2013, foi devolvido oficialmente a marca MTV para a Viacom que assumiu o canal do brasil.
O Grupo Abril surge num processo de reestruturação que já dura há cerca de um ano. Em outubro de 2017, a empresa Legasi iniciou um processo de cortes com o objetivo de reduzir o endividamento do grupo. O prejuízo da empresa no ano passado foi superior a 330 milhões de euros, de acordo com um relatório da PriceWaterhouseCoopers. Uma das medidas da Legasi foi a mudança da sede da empresa, para reduzir custos.
Conhecida por assumir negócios em dificuldades, como a Casa & Vídeo e a Brasil Pharma negócio de farmácias do BTG, a Alvarez & Marsal colocou um executivo próprio - Marcos Haaland - como presidente da Abril, há cerca de duas semanas. Com a entrada de Haaland, Giancarlo Civita, neto do fundador do grupo, deixou a presidência do grupo. Tinha assumido o comando da empresa em março de 2018, após duas mudanças de liderança em 4 meses.