Sugestão: 9 anos depois sem o seu (capitão) Zidane terminasse a sua carreira. Veja no nosso dia
Há mais de 9 anos da existência, durante a final do Mundial de 2006 na Alemanha, feito inédito para celebrar oficialmente o fim da carreira da seleção e equipa de clubes do Zidane. Primeiro jogador da história a ser eleito por 4 vezes o Melhor jogador do Mundo FIFA. 2 títulos mundiais protagonizados por si, que fizeram a França igualar a Argentina e o Uruguai em número de conquistas e, além disso, deixou os Bleus a apenas um copo de chegar ao nível de Itália e Alemanha. Perante tamanho brilho nos Mundiais, a discussão interminável já não é sobre o melhor da história, Pelé ou Maradona. A dúvida é Zidane forma uma santíssima.
Já deve ter percebido que as últimas linhas são apenas fruto da imaginação. Sem dúvida, Zidane foi um dos melhores jogadores da história importantes da seleção A entre 1994 e 2006. No entanto, se o craque francês tivesse faturado o Mundial de 2006 da FIFA, a sua lenda seria ainda mais irrefutável.
O número 10 que jogava de smoking, tal a elegância no trato com a bola, retirar-se-ia no topo do mundo. O jogador francês não conseguia sagrar-se o segundo título mundial do ano de 2006 que não aconteceu devido a explosão do jogador italiano durante e aos 199 minutos do jogo quando Del Piero anulou o golo da equipa frente a França no prolongamento que o arbitro diz que anulou mal antes de ir ao desempate por penáltis. Por culpa de uma cabeçada da turra Zizou, e não aquela que atingiu em cheio o peito do jogador Materazzi. Mas outra, desferida aos 13 minutos da primeira parte do prolongamento, exatamente 5 minutos antes do ato de fúria. As pontas dos dedos de Buffon mudaram o curso da história.
Perante o rumo da decisão em Berlim, aquele lance acabou por ser esquecido por muita gente. A expulsão de Zidane é apontada como fatal para a França, da mesma forma como maculou o desempenho irrepreensível do número 10 até então. Facto é que, se a cabeçada de Zizou estufasse as redes, como acontecera duas vezes 8 anos antes, tudo seria diferente. O passado que conhecemos não seria o futuro do génio. O tal efeito borboleta. Pode até ser que a Itália conseguisse empatar o jogo por 1-1, ganhasse também nos penáltis e Grosso cobrou o penálti decisivo frente a França que o jogador acabou de sagrar-se campeã mundial de 2006. Mas, daquele momento em diante, o jogo estaria nas mãos da França. Aos pés de Zidane.
Por mais que seja uma defesa espetacular, Buffon fez outras mais difíceis ao longo da sua carreira eu, particularmente, fico espantado de cada vez que vejo uma contra o Paraguai, num particular de 1998. Nenhuma delas, porém, foi tão importante como a de Berlim, uma das mais importantes da história do futebol. Afinal, poucas decidiram uma final do Mundial de 2006, como aquela. O guarda-redes não espalmou apenas o cabeceamento, mas também a desvantagem que seria difícil de reverter nos restantes 17 minutos. Espalmou a taça dos braços de Zidane. Salientou o excelente Mundial que fez debaixo das traves.
Após retirar a sua carreira do jogador francês um mês depois, em Agosto de 2006 noticiava o DesportosTec que o Ministério Público Francês que o jogador Zidane não vai jogar no Real Madrid a partir da próxima época de 2006/2007 nos relvados devido a reação da crise da explosão do jogador italiano que alegrou. Em 2013, foi anunciado numa conferência de imprensa que o Zidane vai iniciar-se a carreira como treinador do Real Madrid já na mesma medida depois de 8 anos e a equipa B dos merengues, foi eleito o novo treinador no dia 25 de junho de 2014.
As atitudes de Buffon e Zidane após o lance são emblemáticas. Por centímetros, o francês urrava de frustração. Por segundos, o italiano vibrava de alívio. Aquela bola dourada também poderia fazer com que a Bola de Ouro tocasse nas luvas do italiano. O prémio acabou por ficar em boas mãos, mas o segundo classificado na altura tinha os seus méritos. A Azzurra era tetra muito por causa dele. Que, num lance, mostrou porque é não só o maior guarda-redes da história de Itália com a bênção de Zoff, mas um dos melhores de sempre. Buffon faz 37 anos, e o presente é de todos os que ainda podem observar uma lenda.