Altice Portugal critica decisões da ANACOM sobre os serviços de Fibra e da TDT
O investimento em redes de comunicações móveis de quinta geração será “extremamente avultado, mas ainda é muito cedo para falar de valores, disse Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal. Neste momento a preocupação ainda é a monetização do investimento em 4G. De qualquer forma, os valores, quando pensamos em tecnologia rádio, serão sempre avultados, porque no caso da Altice Portugal estamos a falar de uma cobertura de 98% da população.
A mesma análise é feita sobre o anúncio feito pela ANACOM ontem, relativo à libertação da faixa dos 700 MHz para o 5G, que irá implicar a migração da TDT para uma nova faixa de frequências dos canais de televisão abertos em Portugal para transmitir os programas mais vistos na peferência dos três canais. Desde o lançamento em 2009, a Altice Portugal é o serviço da rede TDT com mais de 20 localidades regionais de Portugal Continental, Madeira e Açores com condições do licenciamento atribuída para a empresa.
A ANACOM reagiu que já estava definido que a TDT libertasse frequência para o 5G, mas em Portugal os trabalhos demoraram muito tempo e atrasaram-se, ficando a ideia de que a decisão foi um pouco à pressa. A maior crítica cai sobre não existir o chamado período de simulcast na transição, ou simultaneidade. Hoje à meia-noite está numa frequência e à meia-noite e um segundo passa a estar noutra, ou seja, se os utilizadores não mudarem imediatamente a frequência deixam de ver os canais.
A medida vai impactar numa população muito especifica e implicar alterações do ponto de vista de utilização do serviço, nomeadamente a ressintonia dos canais nas caixas atuais. Preocupam-nos as decisões que têm impacto direto na vida das pessoas, em particular neste caso, de pessoas que não têm os maiores níveis de infoinclusão, segundo com a fonte da dona do MEO. As receitas da Altice Portugal desce 290 milhões de euros nos resultados de telecomunicações.