TDT gratuita está aquém das expetativas

 


A TDT tem ficado aquém do que eram as expectativas iniciais, conclui um estudo publicado pela ANACOM, numa altura em que se assinalam os 6 anos do início da transição para a televisão digital na analógica. A entidade reguladora sugere uma alteração no modelo de negócios. A ANACOM alerta para o facto de tão poucos portugueses usarem o sinal da televisão grátis, muitos preferindo antes subscrever serviços pagos, concluindo que se o caminho atual for mantido, a taxa de penetração irá continuar a decrescer e os utilizadores da TDT serão indubitavelmente as populações de menor rendimento disponível, do interior e com menos apetência tecnológica.

Em julho de 2017, o grupo Altice formalizou a intenção de compra do grupo Media Capital detentor de vários operações de media portuguesa na televisão, radio e internet. Dentro do grupo Media Capital está incluído o canal de televisão TVI bem como outros canais de televisão e estações de rádio. 

Esta aquisição foi analisada pela ANACOM e pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social e será agora apreciada pela Autoridade da Concorrência. No contexto específico da TDT deve ser estudada de forma a perceber se levanta constrangimentos à livre concorrência e à promoção do crescimento da TDT e dos seus objetivos.

Este aumento no tamanho do ecrã é acompanhado por um aumento na resolução dos mesmos. De acordo com a Screen Digest, já em 2013, mais de 50% de todas as set-top boxes vendidos na Europa eram capazes de exibir Alta Definição (HD) e que no mesmo ano, a base instalada de recetores de televisão capazes de transmitir HD já tinha atingido 50%. Foi estimado (pela IHS) que, em 2015, 9% de todas as vendas globais de televisores novos eram de resolução de 4K (por vezes denominada “Ultra High Definition” ou “UHD”).

Além das sugestões, a ANACOM deixa igualmente críticas à MEO, responsável pela gestão da rede TDT. A entidade reguladora considera que a operadora não tem qualquer incentivo para o alargamento da oferta, a introdução de novos canais e serviços ou a valorização da plataforma no seu todo, possivelmente pela existência de conflitos de interesses, já que é detentora “de uma plataforma concorrente.

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